É
fácil a gente se esquecer, deixar o que realmente importa cair nos vãos da
vida, deixar os sentimentos empoeirarem nas prateleiras e esquecer dores
guardadas no fundo da gaveta. É fácil a gente se perder de si, perder a direção,
o tino e o jeito. E o engraçado é a gente geralmente não perceber que está
desencontrado daquilo que se é, daquilo que ainda se quer viver, construir,
alcançar e - por fim - ser.
A
gente leva conforme a maré, lida com as adversidades, celebra os ganhos e busca
o equilíbrio, que é o que eu realmente imagino ser o sinônimo de felicidade. Um
dia a gente percebe que ter tudo em harmonia é uma verdadeira arte e – apesar
de se sentir inadequada para a vida quase todo o tempo – entende que ser quem se
é exige um tremendo esforço, e que não vale a pena viver de outra forma que não
seja a sua. É hora de se refazer!
E,
embora não saiba em que momento poderia ter feito algo diferente, começa a
fazer diferença na sua própria vida agora. Você junta os pedacinhos, recalcula
a rota, tira os sonhos deixados nos bolsos da rotina e cria uma nova realidade
para viver. Você arregaça as mangas, cerra os punhos e luta contra você, por
você. Não é fácil derrotar quem se era, para tornar quem se quer ser, mas é
possível e pode até ser um tanto divertido. A ideia aqui é: se (re)conhecer ou
morrer tentando. Eu topo e não desisto de mim por nada nesse mundo!